
Carros de Leilão: Vantagens, Riscos e a Importância do Despachante Veicular

O que você vai encontrar aqui
- O que são carros de leilão e por que podem ser vendidos por preços atrativos.
- Quais são os tipos de leilão e como cada modalidade impacta nos riscos.
- Principais cuidados antes de arrematar um veículo, evitando prejuízos.
- Vantagens e desvantagens dessa modalidade de compra.
- A importância do despachante veicular no processo de regularização.
- Quanto custa e quais documentos são necessários para legalizar o veículo.
- Um guia prático para comprar com segurança.
Comprar um carro de leilão é uma alternativa cada vez mais popular no Brasil. A promessa de pagar até 30% a menos que a Tabela Fipe atrai tanto consumidores comuns quanto lojistas. No entanto, junto com a economia, surgem dúvidas: vale mesmo a pena? Como evitar golpes? Quem garante que a documentação está correta?
A resposta para muitas dessas questões está na análise criteriosa do veículo, no entendimento das regras do leilão e na contratação de um despachante veicular especializado. Neste artigo, vamos esclarecer tudo para você fazer uma compra segura e sem surpresas desagradáveis.
- O que são carros de leilão?
- Tipos de Leilão e Suas Diferenças
- Vantagens e Desvantagens de Comprar Carros de Leilão
- Principais Riscos e Cuidados Antes de Arrematar um Carro de Leilão
- A Importância do Despachante Veicular na Compra de Carros de Leilão
- Custos Envolvidos: Do Lance às Taxas e Serviços
- Passo a Passo para Comprar Carro em Leilão com Segurança
- 1. Pesquise e escolha um leilão confiável
- 2. Leia o edital do leilão com atenção
- 3. Faça consultas prévias do veículo
- 4. Visite o pátio e inspecione o carro
- 5. Calcule o custo total antes do lance
- 6. Defina um lance máximo
- 7. Realize o pagamento com segurança
- 8. Providencie a retirada e transporte
- 9. Regularize a documentação com um despachante veicular
- Por que a documentação é tão importante e quais documentos são exigidos?
- Como Contratar um Despachante Veicular e Evitar Problemas
- Perguntas Frequentes (FAQ)
- 1. Vale a pena comprar um carro de leilão?
- 2. Um carro de leilão pode ser transferido normalmente para meu nome?
- 3. É possível fazer seguro de um carro de leilão?
- 4. Quanto custa contratar um despachante veicular para regularizar um carro de leilão?
- 5. Quais são os principais documentos exigidos para regularizar um carro de leilão?
- 6. Posso regularizar um carro de leilão sem despachante?
O que são carros de leilão?
Os carros de leilão são veículos vendidos em pregões organizados por empresas especializadas, órgãos do governo, bancos ou seguradoras. Essa modalidade existe para dar destino a bens que não podem ou não devem mais permanecer com seus proprietários originais, seja por questões financeiras, jurídicas ou administrativas.
Por que um carro vai para leilão?
Existem diversos motivos para um veículo ser leiloado, entre eles:
- Inadimplência em financiamento – Quando o proprietário não paga as parcelas, o banco recupera o bem e o vende para minimizar prejuízos.
- Sinistro (colisão, enchente, incêndio) – Seguradoras colocam em leilão carros indenizados por perda total ou parcial.
- Recuperação judicial e apreensões – Órgãos judiciais e policiais leiloam veículos apreendidos em operações.
- Renovação de frotas – Empresas e locadoras substituem veículos antigos e vendem os usados via leilão.
Cada um desses casos traz níveis diferentes de risco para o comprador. Um carro oriundo de frota, por exemplo, costuma ter manutenção em dia, enquanto veículos de sinistro podem ter problemas estruturais graves.
O atrativo: preço baixo
Os leilões chamam atenção porque os preços iniciais podem ser até 30% inferiores à Tabela Fipe. Para lojistas, a margem pode ser ainda maior. Contudo, essa economia só se concretiza se o comprador avaliar corretamente as condições do veículo e todos os custos adicionais, que incluem:
- Taxa do leiloeiro (em média, 5% do valor arrematado);
- Taxa de pátio (pode variar de R$ 500 a R$ 3 mil);
- Multas e débitos anteriores (normalmente ficam para o novo dono);
- Serviços de despachante para regularização no Detran.
Tipos de Leilão e Suas Diferenças
Nem todo leilão é igual, e entender as diferenças entre as modalidades é fundamental para avaliar os riscos e vantagens antes de dar um lance. Cada tipo tem regras próprias, impacto na documentação e influência direta na revenda futura do veículo.
1. Leilão de Bancos (Recuperação de Financiamento)
Este é um dos tipos mais comuns no Brasil. Ele acontece quando um comprador não paga as parcelas do financiamento do veículo. Para recuperar parte do prejuízo, o banco retoma o bem e o coloca à venda em leilão.
Por que é vantajoso?
- Normalmente, os carros têm quilometragem média e estado de conservação aceitável.
- O histórico de manutenção costuma ser mais confiável.
Pontos de atenção:
- Possibilidade de multas e débitos pendentes (IPVA, licenciamento).
- Exige regularização junto ao Detran, feita por um despachante veicular para evitar bloqueios.
2. Leilão do Detran (Veículos Apreendidos)
O Detran realiza leilões para vender veículos apreendidos por infrações, falta de pagamento de IPVA, licenciamento ou problemas judiciais.
Por que é atrativo?
- Muitas vezes, os lances começam bem abaixo do valor de mercado.
Cuidados essenciais:
- Carros podem ter ficado anos em pátios, expostos ao sol e à chuva, o que causa danos mecânicos e estruturais.
- É obrigatória a regularização documental, pois esses veículos geralmente apresentam pendências.
3. Leilão de Seguradoras (Veículos Sinistrados)
Este tipo inclui veículos recuperados de roubo, furto ou com histórico de acidente. Muitos têm registro de sinistro no documento (informação que reduz o valor de revenda e pode impactar no seguro).
Oportunidade real?
- Somente se for para uso próprio, após uma análise detalhada do estado do carro.
- Preços bem abaixo da tabela FIPE.
Por que é arriscado?
- Estrutura comprometida em casos de “grande monta”.
- Algumas seguradoras não aceitam segurar carros com histórico de leilão.
4. Leilão de Frotas e Montadoras
As montadoras, locadoras e empresas de grande porte realizam leilões para renovação de frota. Esses veículos costumam ter manutenção regular, sendo uma das modalidades mais seguras.
Principais vantagens:
- Carros revisados periodicamente.
- Menor risco de sinistro grave.
Cuidados:
- Quilometragem geralmente alta.
- Verifique se há histórico de recall pendente.
Dica de Ouro para Qualquer Tipo de Leilão
Nunca arremate sem consultar o edital completo e sem verificar a documentação pelo Renavam no Detran.
Esse passo evita surpresas como:
- Bloqueios judiciais
- Pendências financeiras
- Impedimento de transferência
Para essa etapa, contratar um despachante veicular é a maneira mais segura. Ele consulta todas as bases oficiais, evitando prejuízos que podem chegar a milhares de reais.
Vantagens e Desvantagens de Comprar Carros de Leilão
Comprar um carro em leilão pode ser uma oportunidade para economizar, mas também um grande risco se o comprador não estiver preparado. Para ajudar você a decidir, listamos as principais vantagens e desvantagens dessa modalidade de compra.
Vantagens de Comprar Carros em Leilão
- Preço Abaixo da Tabela Fipe
O maior atrativo dos leilões é o valor reduzido. Em alguns casos, é possível pagar até 30% menos do que o preço médio de mercado. Para lojistas e investidores, essa margem pode chegar a 35%, tornando o negócio ainda mais vantajoso. - Variedade de Veículos
Os leilões oferecem desde carros populares até veículos premium, utilitários e até modelos clássicos. Em uma única sessão, você pode encontrar várias opções. - Transparência nos Editais
Por lei, os leilões precisam disponibilizar um edital com todas as informações do veículo, incluindo restrições, pendências e regras de arremate. - Oportunidade para Revenda ou Uso Próprio
Quem atua no mercado de compra e venda pode ter boas margens. Para quem busca um carro para uso pessoal, é possível conseguir um modelo superior pelo mesmo valor que pagaria em um usado comum.
Desvantagens e Riscos de Comprar em Leilão
- Depreciação Maior
Carros com histórico de leilão valem menos na revenda, mesmo que estejam em bom estado. Isso porque muitos lojistas e compradores evitam veículos dessa origem. - Dificuldade com Seguro
Algumas seguradoras não aceitam fazer seguro para carros de leilão, principalmente aqueles que foram sinistrados. Outras cobram valores mais altos. - Possibilidade de Problemas Mecânicos Ocultos
Carros sinistrados ou que ficaram muito tempo em pátios podem ter danos invisíveis a olho nu, como problemas estruturais ou ferrugem. - Custos Adicionais
Além do valor do lance, há taxas como:
- Comissão do leiloeiro (5% sobre o valor arrematado).
- Taxa de pátio (R$ 500 a R$ 3 mil).
- Multas e IPVA atrasado (em muitos casos, ficam para o novo dono).
- Processo Burocrático
Transferir a propriedade e regularizar a documentação exige conhecimento técnico. Sem um despachante veicular, o risco de erro é enorme e pode impedir a emissão do CRLV (documento de porte obrigatório).
Principais Riscos e Cuidados Antes de Arrematar um Carro de Leilão
Participar de um leilão sem a devida preparação pode transformar uma oportunidade em um grande prejuízo. Por isso, entender os riscos ocultos e adotar as medidas corretas é fundamental para uma compra segura.
Principais Riscos
- Golpes e Sites Falsos
Existem muitos leilões fraudulentos na internet. Sites falsos se passam por leiloeiros oficiais e aplicam golpes pedindo depósitos antecipados. - Pendências Jurídicas e Financeiras
Carros podem ter bloqueios judiciais, multas ou dívidas de IPVA que, por lei, passam para o arrematante. - Carros Sinistrados com Estrutura Comprometida
Mesmo que o veículo pareça em bom estado, pode ter sofrido colisão grave ou enchente, o que compromete a segurança. - Problemas na Transferência
Veículos sem documentação correta ou com restrições podem não ser transferidos para o nome do comprador, deixando-o sem direito de uso legal.
Cuidados Essenciais Antes do Lance
Para reduzir os riscos, siga este checklist obrigatório:
- Leia o edital completo do leilão: nele estão todas as regras, pendências e taxas.
- Verifique a procedência do veículo pelo Renavam: consulte restrições, histórico de sinistros e débitos no site do Detran.
- Faça uma inspeção visual no pátio: observe sinais de enchente, ferrugem, diferenças na pintura, pneus desgastados e marcas de reparo estrutural.
- Leve um mecânico de confiança: a análise profissional ajuda a identificar problemas ocultos.
- Calcule todos os custos: some lance, taxas administrativas, comissão do leiloeiro, IPVA atrasado, transporte e reparos.
- Defina um limite de lance: jamais ultrapasse seu orçamento, mesmo em um pregão acirrado.
- Pesquise a reputação do leiloeiro: dê preferência a empresas regulamentadas e conhecidas no mercado.
- Nunca pague antecipadamente por PIX ou boleto antes de confirmar a autenticidade do leilão.
Por que contratar um Despachante Veicular nessa etapa?
Antes mesmo do arremate, o despachante pode:
- Verificar pendências ocultas que não aparecem no edital.
- Confirmar se a transferência será possível junto ao Detran.
- Calcular custos de regularização para evitar surpresas no orçamento.
Um erro comum é acreditar que apenas consultar o Renavam no site do Detran basta. Na prática, muitas restrições não são visíveis ao público e só aparecem em consultas aprofundadas feitas por um profissional credenciado.
A Importância do Despachante Veicular na Compra de Carros de Leilão
Ao decidir comprar um carro em leilão, muitos compradores concentram a atenção apenas no valor do lance e esquecem que o processo vai muito além da aquisição. O verdadeiro desafio começa após o arremate, quando surge a necessidade de regularizar a documentação e transferir a propriedade para o seu nome. É exatamente aí que entra o Despachante Veicular.
Por que esse profissional é indispensável?
O despachante veicular atua como um intermediário especializado na regularização documental de veículos. Sua função vai muito além de dar entrada em processos no Detran: ele realiza consultas avançadas, identifica riscos ocultos e resolve pendências burocráticas que, se não tratadas corretamente, podem impedir a emissão do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo) e até mesmo a circulação legal do carro.
Principais funções do despachante em leilões
- Análise documental pré-compra
Antes do arremate, o despachante consulta sistemas internos do Detran, Denatran e órgãos competentes para identificar:
- Restrições judiciais.
- Gravames de financiamento.
- Pendências de IPVA, licenciamento e multas.
- Registro de sinistro e histórico de leilão.
- Regularização pós-arremate
Após a compra, é preciso seguir uma série de procedimentos burocráticos para colocar o carro em circulação legal:
- Baixa de gravame.
- Transferência de propriedade.
- Emissão do novo CRV e CRLV.
- Pagamento de taxas e débitos pendentes.
- Consultoria para evitar prejuízos
Muitos compradores não sabem que veículos oriundos de leilão sofrem restrições para seguro e financiamento. Um despachante experiente orienta sobre essas questões e indica soluções práticas.
Benefícios de contratar um despachante veicular
- Redução de riscos: evita comprar um carro com bloqueio judicial ou restrição grave.
- Agilidade no processo: economiza tempo, evitando filas no Detran e erros em documentação.
- Segurança jurídica: garante que o veículo será legalizado corretamente.
Sem esse apoio, o comprador pode enfrentar atrasos, multas e até mesmo a impossibilidade de usar o veículo legalmente.
Custos Envolvidos: Do Lance às Taxas e Serviços
Quando um carro de leilão é arrematado, o valor do lance não é o preço final. Existem várias taxas obrigatórias e despesas adicionais que devem ser consideradas para saber se o negócio realmente vale a pena. Ignorar esses custos é um erro comum que pode transformar a aparente economia em prejuízo.
Principais Custos do Processo
- Valor do Lance
O preço pelo qual o carro foi arrematado. Geralmente, fica até 30% abaixo da Tabela Fipe, mas isso não significa que será o valor final. - Comissão do Leiloeiro
Por lei, o leiloeiro tem direito a uma comissão sobre o valor do arremate, que normalmente é 5% do lance vencedor.
Exemplo:
- Lance: R$ 30.000
- Comissão: R$ 1.500
- Taxa Administrativa
Cobrada pela organização do leilão para cobrir custos operacionais. Pode variar entre R$ 500 e R$ 1.500, dependendo da empresa. - Taxa de Pátio
Se o comprador não retirar o veículo dentro do prazo estipulado, será cobrada uma taxa de permanência no pátio, que pode chegar a R$ 100 por dia ou uma taxa fixa de R$ 500 a R$ 3.000. - Transporte do Veículo
Como geralmente não é permitido sair dirigindo o carro do pátio, o comprador deve contratar um guincho ou serviço de transporte, cujo custo médio é de R$ 300 a R$ 1.200, dependendo da distância. - Débitos Anteriores
Apesar de muitos leilões quitarem parte das dívidas, multas e IPVA atrasado podem ser transferidos ao comprador. Esses valores variam conforme o estado do veículo. - Regularização Documental
Aqui entra a importância do despachante veicular. O custo varia de acordo com os serviços necessários:
- Transferência de propriedade: entre R$ 200 e R$ 400 (taxa do Detran)
- Honorários do despachante: de R$ 300 a R$ 1.000, dependendo da complexidade do caso
- Emissão de CRLV digital: incluído na taxa de licenciamento
Cálculo Prático do Custo Total
Imagine um carro arrematado por R$ 30.000. Veja como os custos se acumulam:
- Lance: R$ 30.000
- Comissão (5%): R$ 1.500
- Taxa administrativa: R$ 800
- Transporte: R$ 500
- Regularização (taxas + despachante): R$ 700
- Total aproximado: R$ 33.500
Ou seja, se a Tabela Fipe do veículo for R$ 35.000, a economia real será de apenas R$ 1.500 – e isso sem contar eventuais reparos mecânicos.
Passo a Passo para Comprar Carro em Leilão com Segurança
Comprar um carro em leilão exige planejamento e atenção aos detalhes. Para ajudar você a evitar erros e golpes, preparamos um guia completo com todas as etapas, desde a escolha do veículo até a transferência final da documentação.
1. Pesquise e escolha um leilão confiável
- Priorize empresas reconhecidas e regulamentadas.
- Verifique se o leilão está registrado na Junta Comercial e se possui CNPJ válido.
- Consulte avaliações e reclamações no Reclame Aqui e Procon.
2. Leia o edital do leilão com atenção
O edital é a “bíblia” do leilão. Ele traz:
- Descrição do veículo.
- Pendências e restrições.
- Prazos para pagamento e retirada.
- Taxas administrativas e comissões.
Ignorar esse documento é um erro grave.
3. Faça consultas prévias do veículo
Antes de dar um lance:
- Consulte o Renavam no site do Detran para verificar multas, IPVA, bloqueios judiciais e histórico de leilão.
- Contrate um despachante veicular para uma análise mais profunda, incluindo possíveis gravames ou restrições ocultas.
4. Visite o pátio e inspecione o carro
A maioria dos leilões permite visitação antes da data do pregão.
Verifique:
- Lataria e pintura: diferenças de tonalidade indicam reparos.
- Interior: sinais de alagamento (odor de mofo, ferrugem nos pedais, marcas de água).
- Alinhamento: portas, capô e porta-malas desalinhados podem indicar colisão estrutural.
- Compartimento do motor: soldas ou marcas de reparo são alerta vermelho.
Leve um mecânico de confiança sempre que possível.
5. Calcule o custo total antes do lance
Inclua:
- Valor do lance.
- Comissão do leiloeiro (em média, 5%).
- Taxas administrativas.
- Débitos pendentes (IPVA, multas).
- Transporte e reparos.
- Honorários do despachante veicular.
6. Defina um lance máximo
Nunca entre em um leilão sem estabelecer um teto para seu lance. Isso evita cair na empolgação do pregão e pagar mais do que deveria.
7. Realize o pagamento com segurança
- Pague somente via depósito bancário para a conta oficial da empresa (CNPJ do leiloeiro).
- Nunca pague via PIX para contas de terceiros.
8. Providencie a retirada e transporte
Após a quitação, organize um guincho ou transporte autorizado. Carros de leilão não podem sair rodando até que a documentação esteja regularizada.
9. Regularize a documentação com um despachante veicular
Essa é a etapa mais importante para circular legalmente com o carro. O despachante vai:
- Fazer a transferência de propriedade junto ao Detran.
- Emitir o novo CRLV.
- Resolver possíveis pendências financeiras ou restrições.
Sem isso, você corre risco de ter o veículo apreendido e pagar multas.
Por que a documentação é tão importante e quais documentos são exigidos?
Após arrematar um carro em leilão, a regularização documental é obrigatória para que o veículo possa circular legalmente. Sem isso, você não poderá licenciar o carro, não terá seguro válido e ainda corre o risco de apreensão em uma blitz.
Por que a regularização é essencial?
- Obrigatoriedade legal: o Código de Trânsito Brasileiro (CTB) exige que todos os veículos tenham registro atualizado e estejam licenciados.
- Segurança jurídica: evita problemas como bloqueio judicial, restrição administrativa ou até mesmo apreensão do carro.
- Revenda futura: um carro sem documentação regularizada perde completamente seu valor de mercado.
Principais documentos exigidos
Para transferir e legalizar um carro de leilão, você precisará providenciar:
1. CRV (Certificado de Registro de Veículo)
Popularmente conhecido como DUT (Documento Único de Transferência), é o documento utilizado para registrar a transferência de propriedade.
- Em veículos de leilão, o CRV é emitido em nome do novo proprietário após a regularização.
2. CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo)
Documento obrigatório para circulação. Desde 2020, o CRLV é emitido digitalmente.
3. Nota de arrematação
Comprovante emitido pelo leiloeiro que autoriza a transferência para o comprador. Sem ele, não é possível iniciar o processo no Detran.
4. Baixa de Gravame
Caso o veículo tenha passado por financiamento, é necessário dar baixa no gravame (alienação fiduciária) para permitir a transferência.
5. Laudo de Vistoria
O Detran exige uma vistoria para confirmar a integridade do veículo e validar os dados no sistema Renavam.
6. Comprovante de quitação de débitos
IPVA, multas e taxas em atraso devem ser pagos para que a transferência seja concluída.
Prazos para regularização
- A transferência deve ser feita em até 30 dias após a data da nota de arrematação.
- O não cumprimento implica em multa grave (R$ 195,23) e 5 pontos na CNH, além de restrição no veículo.
Por que contar com um despachante veicular nesse momento?
- Ele garante que todos os documentos sejam entregues corretamente ao Detran.
- Resolve pendências como baixa de gravame, débitos atrasados e eventuais bloqueios.
- Evita que o comprador perca prazos e seja multado.
Como Contratar um Despachante Veicular e Evitar Problemas
Escolher um despachante veicular confiável é tão importante quanto arrematar um carro em um leilão seguro. Isso porque o serviço prestado por esse profissional envolve documentos sensíveis, pagamentos de taxas e acesso aos sistemas do Detran. Um erro ou golpe pode gerar perda de dinheiro, bloqueio do veículo e problemas legais.
Critérios para escolher um despachante confiável
- Verifique se está credenciado ao Detran
Despachantes sérios possuem registro e credenciamento junto ao Detran do estado. Essa informação pode ser confirmada no site oficial do órgão. - Pesquise a reputação
- Consulte avaliações no Google e Reclame Aqui.
- Busque recomendações em fóruns e redes sociais.
- Desconfie de preços muito abaixo do mercado.
- Exija contrato e recibos
Um bom profissional formaliza os serviços por escrito e fornece nota fiscal ou recibo detalhado de todas as taxas pagas. - Solicite transparência
O despachante deve explicar todas as etapas, custos e prazos antes de iniciar o serviço. Cobranças genéricas sem detalhamento são sinal de alerta. - Prefira empresas físicas ou com CNPJ
Evite contratar apenas por WhatsApp ou redes sociais. Ter endereço fixo e CNPJ é sinal de seriedade.
Como identificar golpes comuns
- Promessas de “limpeza total” de histórico: nenhum despachante pode apagar registros de leilão ou sinistro, pois esses dados são permanentes no sistema Renavam.
- Cobrança antecipada integral sem contrato: um sinal clássico de fraude.
- Uso de contas pessoais para pagamento: sempre pague para contas vinculadas ao CNPJ do despachante ou da empresa.
Quanto custa, em média, o serviço de um despachante?
O valor varia conforme a complexidade do caso, mas normalmente:
- Transferência simples: entre R$ 300 e R$ 500.
- Casos com pendências (gravame, bloqueio judicial): podem chegar a R$ 800 ou mais.
- Taxas do Detran: são cobradas à parte, em torno de R$ 200 a R$ 400.
Benefícios de contratar um bom despachante
- Agilidade e economia de tempo.
- Redução do risco de erros que podem gerar multas.
- Segurança no processo de regularização do veículo.
Perguntas Frequentes (FAQ)
1. Vale a pena comprar um carro de leilão?
Depende do objetivo. Para quem deseja economizar e aceita assumir alguns riscos, pode ser uma boa opção, desde que seja feita uma análise completa da documentação e do estado do veículo. O ideal é contar com um despachante veicular para verificar pendências e evitar surpresas.
2. Um carro de leilão pode ser transferido normalmente para meu nome?
Sim, mas somente após a regularização no Detran e quitação de todas as pendências. Essa etapa exige atenção e conhecimento técnico, por isso é recomendada a contratação de um despachante para agilizar e garantir que não haja bloqueios.
3. É possível fazer seguro de um carro de leilão?
Algumas seguradoras aceitam, mas muitas recusam veículos com histórico de leilão, especialmente se foram sinistrados. Quando aceitam, o valor da apólice tende a ser maior. Antes da compra, consulte a política da seguradora e verifique com o despachante a classificação do veículo.
4. Quanto custa contratar um despachante veicular para regularizar um carro de leilão?
O valor depende da complexidade do caso. Em média, varia entre R$ 300 e R$ 1.000, sem contar as taxas do Detran (que giram em torno de R$ 200 a R$ 400). O custo é pequeno diante do risco de não conseguir transferir o veículo.
5. Quais são os principais documentos exigidos para regularizar um carro de leilão?
- Nota de arrematação emitida pelo leiloeiro.
- CRV (Certificado de Registro de Veículo) atualizado.
- Laudo de vistoria aprovado.
- Comprovante de pagamento das taxas do Detran.
- Comprovante de quitação de débitos (IPVA, multas).
6. Posso regularizar um carro de leilão sem despachante?
Tecnicamente, sim, mas é arriscado. O processo é burocrático, envolve prazos curtos e consultas que não estão disponíveis ao público. Um erro pode impedir a emissão do CRLV e até gerar multas. Por isso, o despachante veicular é altamente recomendado.
Espero que o conteúdo sobre Carros de Leilão: Vantagens, Riscos e a Importância do Despachante Veicular tenha sido de grande valia, separamos para você outros tão bom quanto na categoria Blog
Conteúdo exclusivo