Manequim fora do padrão: como agências lidam com a diversidade corporal

Por muito tempo, o mundo da moda viveu sob um padrão rígido de beleza: corpos magros, altos, com medidas quase inatingíveis para a maioria da população. Eu mesma, quando comecei a me interessar pelo tema, notava como tudo parecia girar em torno de um único tipo de corpo. Mas felizmente, isso está mudando. Hoje, vemos um movimento crescente de inclusão e valorização da diversidade corporal dentro das passarelas, editoriais de revista e, especialmente, nas agências de modelos.

Essa transformação não aconteceu da noite para o dia. Foram anos de ativismo, denúncias e debates sociais que pressionaram a indústria da moda a rever seus valores. E neste artigo, quero te mostrar como as agências estão lidando com esse novo cenário, dando espaço a modelos com manequins fora do padrão e abrindo caminho para uma moda mais real, representativa e humana.

O fim do padrão único: como tudo começou

O padrão de beleza dominante começou a ser questionado com mais força a partir dos anos 2000, quando movimentos como o body positive ganharam força nas redes sociais. Pessoas comuns começaram a mostrar seus corpos reais, com estrias, celulites, curvas, gordura localizada, e se recusaram a aceitar os padrões impostos por décadas.

A partir disso, marcas começaram a perceber que seus consumidores queriam ver representatividade. E, pressionadas por esse novo comportamento, muitas agências passaram a buscar modelos com manequins maiores, mais baixos, com corpos fora do que era considerado ideal. O foco deixou de ser apenas a aparência e passou a incluir personalidade, atitude e conexão com o público.

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O papel das agências nesse processo

As agências de modelos, antes conhecidas por serem seletivas ao extremo, começaram a adotar políticas mais inclusivas. Muitas delas criaram divisões específicas para modelos plus size, modelos curvy, modelos trans, modelos maduros e modelos com deficiência.

O processo de seleção ainda exige critérios – como fotogenia, expressividade e postura – mas o formato corporal deixou de ser um impeditivo. Algumas das principais agências do Brasil e do mundo já trabalham com castings diversos, e há até agências especializadas apenas em modelos fora do padrão tradicional.

A inclusão passou a ser não apenas uma demanda social, mas também uma necessidade de mercado. Marcas que não se adaptam correm o risco de se tornarem irrelevantes frente a um consumidor mais consciente.

Desafios enfrentados por modelos fora do padrão

Apesar dos avanços, os modelos que fogem dos padrões tradicionais ainda enfrentam desafios. Preconceito, piadas de mau gosto, exclusão de campanhas de grandes marcas e comentários maldosos em redes sociais ainda são uma realidade.

Outro obstáculo é o acesso a oportunidades. Mesmo com o discurso da diversidade, muitas campanhas continuam priorizando corpos magros. A diversidade corporal muitas vezes aparece como uma exceção, não como regra. É comum, por exemplo, ver uma marca incluindo uma única modelo plus size entre dezenas de modelos magras, apenas para “cumprir tabela”.

Por isso, o papel das agências vai além da seleção. Elas precisam atuar como educadoras, negociadoras e defensoras da inclusão junto a seus clientes.

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O impacto da representatividade na sociedade

Ver um corpo parecido com o nosso em uma campanha de moda tem um efeito poderoso. A representatividade ajuda a construir autoestima, quebra estigmas e normaliza corpos reais.

Quando uma adolescente vê uma modelo com o mesmo tipo físico que ela em uma vitrine ou capa de revista, isso envia uma mensagem clara: “Você é suficiente do jeito que é”. E isso pode transformar vidas.

A moda, nesse sentido, se torna mais do que estética – passa a ser ferramenta de empoderamento e mudança social.

Marcas que apostam na diversidade

Algumas marcas e estilistas se destacam por ir além do discurso. Elas fazem da inclusão um valor real. Entre os exemplos, podemos citar:

  • Rihanna, com a marca Savage X Fenty, que desde o início aposta em modelos de todas as formas, tamanhos, tons de pele e gêneros.
  • Dove, com campanhas que celebram a beleza real e mostram mulheres comuns em seus anúncios.
  • Farm e C&A, que têm investido em linhas com numeração ampliada e modelos plus size em suas peças publicitárias.

Esses exemplos mostram que é possível ser inclusivo e, ao mesmo tempo, fazer sucesso de vendas.

Como o mercado brasileiro está se adaptando

O Brasil, por ser um país diverso por natureza, tem avançado nesse tema, embora ainda existam muitas barreiras. O mercado plus size, por exemplo, cresce de forma acelerada, com desfiles próprios, semanas de moda exclusivas e marcas inteiramente voltadas para esse público.

As agências brasileiras têm aberto espaço para essa nova geração de modelos, mas ainda lutam contra uma cultura muito enraizada no ideal de beleza europeu. Porém, com o apoio de influenciadores, artistas e criadores de conteúdo, a mudança continua ganhando força.

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Modelos plus size podem atuar em passarelas tradicionais? Sim. Muitos desfiles já incluem modelos de diferentes tamanhos em suas coleções principais.

As agências exigem medidas mínimas para modelos fora do padrão? Não necessariamente. Cada perfil tem critérios diferentes, e o carisma e atitude são cada vez mais valorizados.

Homens também enfrentam padrões corporais? Sim, embora menos debatido, há forte cobrança por corpos sarados e definidos entre modelos masculinos.

Modelos com deficiência também têm espaço? Sim. Há um crescimento na visibilidade desses profissionais, com campanhas voltadas à inclusão.

O mercado plus size é lucrativo? Muito. Estima-se que esse nicho movimenta bilhões por ano em moda e acessórios.

É preciso curso para ser modelo fora do padrão? Cursos ajudam, mas não são obrigatórios. Ter boas fotos e presença online pode fazer diferença.

Como enviar meu perfil para uma agência? Normalmente, pelo site ou redes sociais da agência. Enviar fotos naturais, sem edições, é essencial.

O preconceito ainda é uma barreira? Infelizmente, sim. Mas o mercado e a sociedade estão aprendendo a combater isso.

Modelos trans estão sendo contratadas com mais frequência? Sim. A inclusão de pessoas trans no mercado da moda está crescendo, embora ainda seja um desafio constante.

As marcas estão mais abertas à diversidade? Sim, especialmente aquelas que entendem a importância de se conectar com diferentes públicos.

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A discussão sobre corpos diversos na moda é urgente, necessária e, felizmente, cada vez mais visível. O que antes era visto como exceção ou nicho, agora se transforma em uma nova forma de fazer moda – mais humana, inclusiva e real.

As agências, nesse processo, desempenham um papel fundamental: selecionar, formar, proteger e promover modelos que representam a verdadeira pluralidade da sociedade. E nós, como consumidores, também temos responsabilidade: valorizar marcas que apoiam essa diversidade e rejeitar aquelas que insistem em padrões ultrapassados.

A beleza, afinal, não cabe em um único molde – e isso é o que a torna tão extraordinária.

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